“Economia criativa só acontece quando a cidade é criativa”

Secretário Municipal da Cultura, Caio Júlio Cesaro enfatizou o cenário efervescente de expressões culturais existente em Londrina

O Fórum Desenvolve Londrina abriu nesse dia 12 de abril os trabalhos relativos ao estudo anual da entidade que nesse ano vai focar a Economia Criativa como Desenvolvimento Sustentável. A palestra de abertura foi proferida pelo Secretário Municipal da Cultura, Caio Júlio Cesaro. Segundo ele, Londrina, que foi formada por mais de 30 etnias, tem a criatividade no seu DNA e precisa recuperar a capacidade de avançar em um ambiente de confiança e de pensamento positivo para colher os frutos de tudo o que a cidade pode oferecer.

“Precisamos usar melhor a marca Londrina. Aqui encontramos um ambiente propício para a economia criativa acontecer unindo educação, transporte, recursos tecnológicos e ambientais. Precisamos estabelecer conexões para potencializar o que pode ser um dos principais eixos para o desenvolvimento da cidade”, destacou.

Cesaro relembrou as décadas de 30 a 50 em que Londrina recebeu imigrantes de várias partes do mundo e que a integração de idiomas e costumes diversos enriqueceu o ambiente e fez surgir aqui uma comunidade empreendedora e criativa. “Nada enriquece mais o intelectual do que o diferente. Temos hoje muitos ambientes criativos, mas falta organização, comunicação, interseção para que os talentos não se percam e para que os projetos aconteçam com o alto grau de relevância que podem atingir”, salientou.

De acordo com ele, uma cidade criativa é aquela que pratica inovação, conexão e cultura, esta última entendida como a soma entre arte, tradição e comportamento. Entre as propostas da Secretaria da Cultura para incentivar a economia criativa em Londrina estão a produção de pesquisas e mapeamentos sobre o setor; criação de uma política de audiovisual e games; criação de um cluster criativo que concentre geograficamente empresas do setor criativo nas áreas de tecnologia, design, arquitetura, moda, literatura, audiovisual, gastronomia, artes visuais, entre outras; e realização de uma Feira das Nações que agregue manifestações tradicionais, arte, moda e gastronomia.

Cesaro citou no final da sua apresentação a fala do atual Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão sobre o potencial da economia criativa: “Precisamos encarar a Cultura como um dos principais ativos do país, e a política pública de Cultura como um eixo fundamental da política de desenvolvimento, com alto impacto sobre a geração de emprego, renda, inclusão, valor agregado e arrecadação de impostos”.

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